
Com o objetivo de promover o acesso à cultura e fortalecer a identidade dos povos originários, o projeto OCA Cultural Itinerante dos Povos Indígenas da Bahia vem levando produções audiovisuais com temáticas indígenas a comunidades tradicionais e escolas da rede estadual em diversas regiões do estado. A iniciativa busca aproximar o público de realidades, saberes e tradições indígenas por meio do cinema, além de fomentar o debate sobre questões sociais e históricas envolvendo esses povos.
Realizado pelo Instituto dos Povos Indígenas da Bahia (Ação Bahia), o projeto conta com direção geral de Walney Magno de Souza e produção executiva de Rafael Ganem. As exibições são gratuitas e ocorrem em aldeias indígenas e em colégios estaduais, alcançando estudantes, professores, lideranças comunitárias e pesquisadores.
A programação inclui filmes regionais que abordam rituais, memórias e lutas indígenas — como a tradicional Puxada do Mastro de São Sebastião e a Caminhada dos Mártires, que homenageia os guerreiros da Batalha dos Nadadores. Após as sessões, são realizados debates que aprofundam temas como invisibilidade dos povos originários, resistência cultural, desigualdades sociais e enfrentamento ao preconceito.
“A OCA é um espaço de diálogo e de valorização da memória viva dos povos indígenas”, afirma Walney Magno. “Nosso propósito é fazer com que a cultura indígena circule, seja reconhecida e respeitada por todos.”
O projeto é financiado pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, com recursos da Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. A iniciativa reforça o papel do audiovisual como instrumento de transformação social e reafirma o compromisso com a diversidade cultural brasileira.
